Toca o despertador as 9. Levanto com a cara péssima depois de uma noite de insônia. Penso, "podia ser pior, ser obrigada a acordar mais cedo, ainda bem que eu moro ao lado do trabalho."
Vou pra cozinha, preparo o meu mamão cortadinho com sucrilhos integral industrializado e como correndo. "Podia ser pior, e ter que comer um pão de queijo do boteco, assim como nos dias em que saio correndo para uma reunião."
Tomo banho, me enrolo na toalha e começo o processo de escovar o cabelo e fazer maquiagem. "Podia ser pior, o meu cabelo é bem fininho e seca rápido, e de maquiagem só 4 produtinhos."
Corro pro quarto, coloco o meu vestido novo, minha calcinha que aperta a barriga, e aquele salto alto pra ficar ainda mais elegante. Me sinto linda, mas bem desconfortável. "Podia ser pior, ao menos eu tenho dinheiro pra comprar um vestido novo e um sapato elegante."
Passo a manhã no trabalho e no intervalo do almoço corro pra manicure, e depois passo em casa pra comer legumes congelados e ovo. "Essa podia ser bem pior, pelo menos posso fazer a unha toda semana, e ainda comer em casa quase todo dia. Que sorte!"
No fim do dia me arrasto pra casa, estou morta de cansaço. "Af, podia ser pior, pelo menos eu gosto do meu ambiente de trabalho, apesar de trabalhar com algo que pouco me motiva e já não fecha com os meus valores."
Coloco uma roupa de academia e arrastada pela Francine vou malhar. "Odeio malhar, mas podia ser pior, pelo menos tenho a Fran pra me acompanhar e a academia é perto de casa."
A rotina durante a semana é cansativa, mas nos finais de semana, tenho dinheiro pra me divertir em bares legais e restaurantes caros, e como estou longe da família tenho tempo de sobra pra gastar nas noites paulistanas.
"É, a minha vida é realmente perfeita, não tenho do que reclamar, levo uma vida saudável e com excelente qualidade de vida."
E foi assim que eu pensei por muito tempo, até que um dia eu percebi que, " a minha vida podia ser bem melhor"!
Hoje o despertador raramente toca pela manhã, mas mesmo assim acordo cedo, depois de uma boa noite de sono. Se o dia amanhece bonito, coloco o tênis emprestado da minha mãe e vou correr. Se não, deixo pra mais tarde. Ou então vou caminhando até algum compromisso e já incorporo o exercício nas atividades do dia a dia.
Faço o meu pão integral sem conservantes, preparo meu suco natural. Como cada vez menos doces, lacticínios, gorduras e carne. Naturalmente, apenas prestando atenção no que o meu corpo diz. Ele é sábio e avisa o que eu devo fazer.
Não uso mais salto, nem vestidos novos. Minha roupa básica é uma calça jeans e um All Star. Não comprimo a barriga com calcinhas apertadas, ela faz parte do corpo que tenho, não tenho que ter vergonha disso. Não faço mais escova no cabelo, que agora mais curto, seca rápido e fica mais crespo. Não uso maquiagem, no máximo um BB cream com proteção solar. Não faço mais a unha no salão, eu mesmo corto e hidrato as cutículas.
Não tenho mais aquele bom salário, não tenho mais dinheiro para frequentar bons restaurantes, nem para ir à bares caros toda semana. Não tenho carro. Tenho os meus pais por perto, e não gasto nem 1/4 (- de 25%) do que gastava quando trabalhava em São Paulo. Trabalho em casa, a hora que me sinto mais confortável. Economizo no que posso, não compro nada que não preciso, mas me alimento melhor e tenho tempo pra ir caminhando até o supermercado, pra fazer uma faxina na casa, meditar e ler.
Sei que essa fase da vida poderá ser passageira. O dinheiro acumulado, naquela fase ali de cima, vai acabar. Talvez, dependendo do rumo das coisas, será difícil ter uma vida como a que levo agora. Mas hoje eu sei que posso viver com menos dinheiro e de uma forma mais simples, e é isso que eu quero e que busco para a minha vida. É uma vida assim que me faz feliz.
Aprendi que uma vida saudável nada tem a ver com malhar enlouquecidamente numa academia depois de um dia estressante de trabalho, ou comer legumes congelados nas refeições e passar cremes caros pelo corpo.
Hoje entendo o real sentido da tão famosa frase "Você tem que se cuidar!" "Pode deixar, estou cuidando muito bem de mim! :)"
Vou pra cozinha, preparo o meu mamão cortadinho com sucrilhos integral industrializado e como correndo. "Podia ser pior, e ter que comer um pão de queijo do boteco, assim como nos dias em que saio correndo para uma reunião."
Tomo banho, me enrolo na toalha e começo o processo de escovar o cabelo e fazer maquiagem. "Podia ser pior, o meu cabelo é bem fininho e seca rápido, e de maquiagem só 4 produtinhos."
Corro pro quarto, coloco o meu vestido novo, minha calcinha que aperta a barriga, e aquele salto alto pra ficar ainda mais elegante. Me sinto linda, mas bem desconfortável. "Podia ser pior, ao menos eu tenho dinheiro pra comprar um vestido novo e um sapato elegante."
Passo a manhã no trabalho e no intervalo do almoço corro pra manicure, e depois passo em casa pra comer legumes congelados e ovo. "Essa podia ser bem pior, pelo menos posso fazer a unha toda semana, e ainda comer em casa quase todo dia. Que sorte!"
No fim do dia me arrasto pra casa, estou morta de cansaço. "Af, podia ser pior, pelo menos eu gosto do meu ambiente de trabalho, apesar de trabalhar com algo que pouco me motiva e já não fecha com os meus valores."
Coloco uma roupa de academia e arrastada pela Francine vou malhar. "Odeio malhar, mas podia ser pior, pelo menos tenho a Fran pra me acompanhar e a academia é perto de casa."
A rotina durante a semana é cansativa, mas nos finais de semana, tenho dinheiro pra me divertir em bares legais e restaurantes caros, e como estou longe da família tenho tempo de sobra pra gastar nas noites paulistanas.
"É, a minha vida é realmente perfeita, não tenho do que reclamar, levo uma vida saudável e com excelente qualidade de vida."
E foi assim que eu pensei por muito tempo, até que um dia eu percebi que, " a minha vida podia ser bem melhor"!
Hoje o despertador raramente toca pela manhã, mas mesmo assim acordo cedo, depois de uma boa noite de sono. Se o dia amanhece bonito, coloco o tênis emprestado da minha mãe e vou correr. Se não, deixo pra mais tarde. Ou então vou caminhando até algum compromisso e já incorporo o exercício nas atividades do dia a dia.
Faço o meu pão integral sem conservantes, preparo meu suco natural. Como cada vez menos doces, lacticínios, gorduras e carne. Naturalmente, apenas prestando atenção no que o meu corpo diz. Ele é sábio e avisa o que eu devo fazer.
Não uso mais salto, nem vestidos novos. Minha roupa básica é uma calça jeans e um All Star. Não comprimo a barriga com calcinhas apertadas, ela faz parte do corpo que tenho, não tenho que ter vergonha disso. Não faço mais escova no cabelo, que agora mais curto, seca rápido e fica mais crespo. Não uso maquiagem, no máximo um BB cream com proteção solar. Não faço mais a unha no salão, eu mesmo corto e hidrato as cutículas.
Não tenho mais aquele bom salário, não tenho mais dinheiro para frequentar bons restaurantes, nem para ir à bares caros toda semana. Não tenho carro. Tenho os meus pais por perto, e não gasto nem 1/4 (- de 25%) do que gastava quando trabalhava em São Paulo. Trabalho em casa, a hora que me sinto mais confortável. Economizo no que posso, não compro nada que não preciso, mas me alimento melhor e tenho tempo pra ir caminhando até o supermercado, pra fazer uma faxina na casa, meditar e ler.
Sei que essa fase da vida poderá ser passageira. O dinheiro acumulado, naquela fase ali de cima, vai acabar. Talvez, dependendo do rumo das coisas, será difícil ter uma vida como a que levo agora. Mas hoje eu sei que posso viver com menos dinheiro e de uma forma mais simples, e é isso que eu quero e que busco para a minha vida. É uma vida assim que me faz feliz.
Aprendi que uma vida saudável nada tem a ver com malhar enlouquecidamente numa academia depois de um dia estressante de trabalho, ou comer legumes congelados nas refeições e passar cremes caros pelo corpo.
Hoje entendo o real sentido da tão famosa frase "Você tem que se cuidar!" "Pode deixar, estou cuidando muito bem de mim! :)"
O pão integral com castanha e papoula que fiz hoje. |
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